Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
XXXI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Natal, RN – 2 a 6 de setembro de 2008
Comunicação entre Ator e Espectador numa perspectiva de Teatro como Mídia
Radical, intervindo na Transformação Social1
Luciene Ribeiro de Sousa2
Catarina Tereza Farias Oliveira3
Faculdade Integrada da Grande Fortaleza - FGF, Ceará, CE
Resumo
O artigo em questão apresenta a comunicação entre ator e espectador a partir do conceito de Teatro como Mídia Radical, no sentido de gerar transformações na realidade através da ação dos atores sociais, formados no processo teatral engajado. Para tanto, fundamenta-se a pesquisa teórica, sobretudo, em Downing, Brecht e Boal, analisando-se como objeto de estudo o Projeto de Teatro na Educação realizado no CERE - Centro Educacional de Referência Professora Maria José Santos Ferreira Gomes em Fortaleza-Ceará, que consiste numa prática arte-sócio-político-educativa popular resistente, vivenciada na comunidade de Antônio Bezerra.
Palavras-Chave: Mídia Radical; Teatro; Ator; Espectador; Transformação.
Esta pesquisa busca entender o teatro como mídia radical no que se refere à proposta sócio-educativa-popular engajada capaz de envolver ator e público num processo construtivo de sujeitos críticos e mais atuantes na sociedade. Sendo assim, a investigação discutirá, a partir da história do teatro focada na sua possibilidade de mudança coletiva, como se dá a comunicação entre ator e espectador no âmbito da construção dos atores sociais, que vão mobilizar alternativas através da arte dramática para intervir de forma significativa na realidade, a fim de modificá-la por meio de atitudes conscientes, construídas nesse processo artístico compromissado com a melhoria social.
Em seu livro Mídia Radical, Downing (2002), destaca claramente o teatro como mídia de oposição ou mídia radical. Na visão do autor, a reflexão sobre comunicação radical ocorre a partir do contexto de ação da cultura popular de oposição, que para Downing representa formas comunicativas e expressa a crítica social de seus realizadores.
1 Trabalho apresentado na Sessão Mediações e interfaces comunicacionais, da Intercom Júnior – Jornada de Iniciação
Científica em Comunicação, evento componente do XXXI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação.
2 Estudante de Graduação 8º. semestre do Curso de Jornalismo da FGF, email: souarte@gmail.com
3 Orientadora do trabalho. Professora do Curso de Jornalismo da FGF, email:
catarinatereza@uol.com.br.
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Depois de passar pelo País do Indivíduo, com sua duplicidade quaternária conflituosa e indigesta frente ao seu egoísmo; pelo País da Gramática, com suas regras nefastas e injustas pelas "frases feitas" a devorar o futuro; chegou-se ao País da Anestesia, onde toda a necrose da vida tenta corromper a poesia, lamentavelmente, apesar da esperança do poeta na mudança das almas mais fétidas, que, pelo seu estado de "pura" letargia, nada sentem, nenhuma verdade manifestam e, assim, in-festam do imundo a consciência hodierna; no autêntico Amor de Humanidade, a livre ação transformadora supera a emoção enganadora e dela se desenlaça. Portanto, diante de tanta putrefação do ser, acende-se a chama do amanhã, que a tudo incendeia; preferindo-se "queimar a própria alma", a ter que provar o mesmo prato da "mosca azul" e se entulhar de Norte a Sul, ateiando fogo em toda essa sujeira que um dia chamaram de "Pátria amada, Brasil" para isso se tornar o combustível da melhoria e evolução do nosso povo. Quem sabe, enfim, possamos dizer: Nosso Vivo País...Viva!!! Quem sabe até já, um pouco, mudamos?!
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