Quem diz que Inês é morta
Tá com a boca toda torta
Chorando atrás da porta
Ou quem sabe numa horta
No meio da cidade porca
É, "Inês é morta!"
Mas, não o Vitorino;
O Vitorino não é.
É vitorioso!
É vencedor, é osso!
"Duro de roer"
"pro mode os mortos num cumê"
Pois andou tirando fino
Bem nas portas do divino
Feito um menino traquino
Tocando o sino,
Tocando o sino...
A Morta virou é chama
Bem na porta do Museu,
Porque a Viva é quem te ama
E não pensa só no que é seu
Quem teoriza o que pratica
Pratica o que teoriza
Pra ti, cá com quem enfatiza,
Deixo refletir neste mesmo prisma.
Gutembergue de Souza
(Montanha do Bem)