
A Cigarra e A Formiga
Outubro/2009
Dia 07 - Escola Pública às 19h
Dia 12 - Malvinas às 18h e
Ptzaria às 20h
Dia 14 - Escola Santa Tereza
Manhã e Tarde


Clássico infantil Com uma temporada de sucesso, ´A Cigarra e a Formiga´, do grupo Pé-no-chão, vem contando com platéia cheia em todas as apresentações. Apesar de ser um texto conhecido, a trama dirigida por Gutemberg de Sousa traduz a discussão sobre a necessidade de ´Pão e Circo´.A atriz Lu Ribeiro (a Cigarra) destaca que o diferencial desta versão é a presença do Grilo, o garboso cantor das florestas e da Barata falsa e fuxiqueira. Para enfatizar o aspecto lúdico das brincadeiras pueris, o texto adaptado por Francisco Marques é narrado por dois animados palhaços. ´As crianças interagem com o espetáculo o tempo inteiro e vibram muito´, comenta Lu. (Texto extraído do Caderno Zoeira do dia 29 de maio de 2009)

Na "Escola da Vida", a única coisa que não se escolhe é a hora da morte. Para uns, um sem norte; para outros, uma sorte; todavia, para nós do Pé-no-Chão, um aprendizado constante na colheita dos frutos por ela adubados numa visão cíclica de ontem, hoje e amanhã. Augusto Boal que muito nos inspirou ao regar nossa arte, após semear a idéia confluente de transformação da sociedade através do teatro na peça "Torquemada", montada por este grupo, nesta hora parte. No entanto, cremos que fica, ou melhor, permanece não somente, pela forma com que ele difundiu o Teatro Brasileiro profundo, que se importa não simplesmente com a vaidade e todas mais mazelas que embebem nossos colegas mais inconscientes, muitas vezes nos sufocando por serem insuportáveis aos que têm consciência de que o Teatro não se resume a isso; mas, sobretudo, pela essência de seu pensamento, de sua prática, enfim, de sua vida engajada e envolvida talvez com a tentativa de cura, após a cicatrização dorida, da maior ferida da humanidade: a imposição equívoca do poder do homem sobre o homem, desprezando os princípios de liberdade e da partilha equilibrada e democrática da construção em verdadeira sociedade, que se transforma a cada nova necessidade e se des-envolve ao longo de cada desafio inusitado para envolver-se com o insólito e inaudito a ser publicado e repercutido no livro dos palcos da vida.